segunda-feira, 28 de abril de 2008

Desgosto.

“O problema é a instabilidade de meus sentimentos, a
indiferença que chegará com o tempo, e a temo desde já. O problema está na falta
de confiança em mim mesmo, não acredito em minhas promessas, não aceite-as, por
favor! Posso desgostar de você daqui à uns meses, involuntariamente. E depois
não pense que
nos tornaremos
amigos, tenho pensado sobre isso... Minha paixão sempre é seguida por um
desgosto terrível!”
Se pudesse aceitar tudo que ouvi, levantar da mesa, pedir um táxi e seguir minha vida, maravilha! Mas não é assim que funciona, não comigo. Sem poder questionar, sem poder implorar para não ir embora, sem poder pegar uma faca e fatiá-lo; corro dali e chamo um táxi. Mas não sigo minha vida, estaciono! Não sabia se preferia continuar iludida, ou assim, desiludida. Apoiada na janela vejo a chuva molhar aos poucos o vidro. Chego em casa, mais uma vez sozinha, ligo a televisão e passava aquele filme que assistimos semanas atrás em um sábado à noite. O choro já ficava inevitável. Cansada de gostar, desgostar, gostar, desgostar... Acendo um cigarro, e vou jogar paciência. Não teve erro! Logo abstrai meu lado ultra-romântico.

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