domingo, 22 de março de 2009

longe

Não se perca de mim, mas também não fique assim tão perto, tão exposto. Tô inspirando tua expiração. É intimidade demais. Expiras, inspiro, expiras, inspiro. E daqui vejo tuas rugas e admito que não me agradam. Não que me importe com isso nem nada, mas me angustia pensar porque estão aí. De onde vieram essas rugas? Quem foram as culpadas? O que tanto te afligiu? De onde veio essa feição rude de quem não se abala, de quem não sofre, de quem sofreu, de quem já deu muito amor pra restar algo a ser dado? És superficialmente amável, não quero mais te analisar!

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